Estou longe de quem sou, de saber porque a minha voz não abate o silêncio. Existe um nó muito apertado em meu sossego que me faz sentir que as noites estão desertas e que estou só em meio a tudo e a todos.
Meu coração não pára de chorar e essas lágrimas de sangue temperam meu viver sombrio. Vivo em companhia da solidão e cada minuto que se passa parece uma hora eterna.
Meus sonhos, quase tão reais me sufocam de angústia. Eu realmente quero que as pessoas voem para longe do meu coração e que me deixem queimar nesse incêndio de dúvidas. O que tenho por fora não me completa por dentro e nem entendo tudo isso. Talvez nunca irei entender... Não preciso!
Compreendo que a altura não define o tamanho do espírito, mas o meu está pequenininho. Isso já não me importa. Sei que tenho muito além do que é meu, apesar disso só tenho vontade do que me falta. Mas... do que preciso?
Meu viver é dotado de fantasmas e cruéis lembranças. A minha história, em qual memória? Não sei como se pede a paz se o que se quer é continuar incapaz. Cultivar um sentimento voraz. E afogar-se num mar escuro, repleto de caminhos para a morte. Alguém diria: "Que sorte!" Eu digo: "Onde estou e o que faço?".
Ainda me lembro, quando eu sabia lhe dizer quem sou, hoje, esta é a pergunta que eu faço.
Me abraço e não sinto os batimentos do meu coração. Talvez eu já não tenha mais sinais vitais.
Acho que eu deveria voar em direção ao sol, e encantar-me com a beleza da vida. Bom, eu acho...
Estou com angústia, ansiedade, quero me casar com a felicidade. Tudo que posso provar é este momento, e eu não quero mais viver o agora... Eu não consigo entender a minha vida!
Nenhum comentário:
Postar um comentário