Entre esses soluços, meu peito chora a dor
Meus olhos vermelhos derramam as lágrimas
Nessas noites escuras, empalideço, adormeço
Procuro uma razão na escuridão
Por um instante, me suicido, meu coração falece
Meu pensamento aos poucos adormece
O tempo, tão rapidamente, tornou-se fúnebre
E com febre, não tenho forças
Essas feridas não cicatrizam, cada vez, ardem mais
Não há o que transforme este ódio em paz
Entre esses soluços, minha alma enfraquece
Palpita no peito o que nada enobrece
Saltita o descaso do meu fracasso
Os lugares estão tão desertos
Morte à poesia que tanto me encantava
Hoje, meus olhos transbordam a mágoa
O que me sustenta é não mais que água
Incêndio no olhar, vulcão de incerteza
De um pobre coração que aumenta sua fraqueza
O amor pela vida caiu no esquecimento
Entre esses soluços, meu choro que sangra
A paz que um dia reinou, agora descansa
Cai no chão tudo que me fortalece
A dor do acaso, no fundo ou no raso
Dá preferência ao precipício...
Entre esses soluços, o mal me acompanha
Na verdade eu não sei
O que saber, ou o que querer... Como viverei?
Minha sentença é o esquecimento
Entre esses soluços, desapareço.
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